"Não eduque seu filho para ser rico, eduque-o para ser feliz. Assim,
ele saberá o valor das coisas e não o seu preço."

"Não se pode falar de educação sem amor." Paulo Freire


“Ninguém é tão grande que não possa aprender, nem tão pequeno que não possa ensinar.” Esopo

http://br.educacao.yahoo.net/

ENEM e ENSINO MÉDIO - PROFISSÕES - CONCURSOS

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

QUESTÃO 49:

casa e a memória da família.

(E) Indireto livre,em que o autor confirma seu amor
pelas casas antigas da cidade que estão desa-
parecendo.

QUESTÃO 50:




MODELO DAS AVALIAÇÕES 2011:


















domingo, 7 de novembro de 2010

DEZ HISTÓRIAS PEDAGÓGICAS:


André Luiz de Souza Araújo

1-Introdução

Dez Histórias Pedagógicas* tem o objetivo de mostrar o lado educativo do esporte para alunos, professores, técnicos, atletas, pais e todas as pessoas envolvidas no universo esportivo. O trabalho foi desenvolvido através de experiências práticas do professor André Araújo. Inicialmente utilizado para melhorar a assimilação dos treinamentos e a visão dos atletas de futsal da equipe de Santa Bárbara D’Oeste em relação ao mundo, está sendo agora divulgado em escolas da rede pública e outras entidades esportivas e educativas para conscientizar as pessoas sobre os benefícios do esporte enquanto utilizado como instrumento de educação. O trabalho mostra também o esquecimento dos aspectos educativos e pedagógicos nas competições esportivas e até mesmo nas aulas de Educação Física de muitas escolas do Brasil. Em muitos casos, os interesses econômicos e políticos acabam distanciando cada vez mais o esporte dos seus valores originais. O trabalho vai muito além do relato de histórias que marcaram época e trouxeram polêmicas que duram até os dias de hoje. Além de expor as histórias divulgadas na mídia, o trabalho apresenta também a opinião do autor, baseada em suas experiências com alunos e atletas de futsal, onde buscou em cada uma das histórias exemplos e justificativas para atingir os objetivos propostos no seu planejamento. Além disso, o trabalho apresenta referências de diversos autores, que também acreditam que o esporte pode ser utilizado como instrumento de educação. Do ponto de vista pedagógico, os personagens de todas as histórias são vencedores, que num determinado momento acabaram sofrendo uma queda, expressa através dos resultados numéricos. A maneira como foram educados influenciou diretamente antes, durante e após os acontecimentos, permitindo que independente de qualquer resultado na competição, eles estariam preparados para seguir a diante, assimilando e aprendendo com cada vitória, cada derrota, cada gol, cada cesta e acima de tudo, com a consciência de que é preciso viver cada momento intensamente.

2-Objetivos

Os principais objetivos do trabalho DEZ HISTÓRIAS PEDAGÓGICAS são:

nDespertar a preocupação com a formação educacional do jovem;

nDesenvolver os pais no acompanhamento do processo esportivo-educativo;

nConvidar todos a uma reflexão sobre a contribuição do esporte na educação;

nDiscutir estratégias para formação de um novo perfil educacional;

nBuscar melhorias e inovações constantes na prática esportiva;

nValorizar sugestões para inclusão em sua prática;

nTrabalhar o autoconceito positivo em alunos e atletas;

nDesenvolver o espírito de uma competição saudável modificando o sentido da "perda";

nAcreditar na possibilidade de mudança nos paradigmas já instituídos quase como dogmas;

nOrientar esportistas e pais no sentido de uma caminhada saudável;

3-Educação & Esporte

As atividades esportivas – o Esporte – caracterizam-se pela ação predominantemente física e intelectual, eminentemente competitiva, desenvolvida de acordo com regras nacionais e internacionais preestabelecidas. Promovidas com a efetiva participação dos diferentes segmentos sociais, recebem tratamentos diferenciados em função dos fins e objetivos de sua prática. Constituem um fenômeno social, político, econômico e cultural e constitucionalmente, é um direito alienável de todo cidadão, sendo dever do Estado assegurar a todos o direito de participação. O exercício deste direito pelo cidadão permite vislumbrar pelo menos, três dimensões sociais do Esporte: o Esporte-Educação, o Esporte-Lazer e o Esporte-Espetáculo. Cada dimensão social possui características próprias, bem especificas que não podem ser consideradas de uma mesma forma e receber o meso tratamento metodológico, até porque possuem fins e objetivos absolutamente diferentes. Como conseqüência da inadequação, surgem problemas que limitam a evolução ao promover a diminuição de oportunidades de participação plena do cidadão. Portanto, mais do que nunca, o Esporte precisa ser estruturado a partir do paradigma vivido, da exigência que faz o projeto de vida do homem, da mulher. E, principalmente, considerado como uma expressão intencional e política de um povo (SILVA, 1995). Para PEREIRA e HANNAS, 1995, a importância da educação do corpo, da chamada educação física, merece ter na organização curricular, a mesma importância das demais disciplinas, nem mais nem menos. Para as autoras é incompreensível à posição de escolas que não dão à educação física a mesma importância conferida às outras disciplinas, inclusive dispensa alunos das aulas com facilidade e por motivos irrelevantes, com atestados médicos por vezes duvidosos. Relegar a educação do corpo a segundo plano deve-se ao racionalismo generalizado e à maneira inadequada como professores de educação física a abordam, de forma há muito ultrapassada, desmotivante, em desacordo com as mais recentes descobertas a respeito do corpo. Trabalhos corporais adequadamente conduzidos proporcionam bem-estar e prazer generalizado e, se os jovens não apreciam a educação física dada nas escolas, isso significa que ela precisa ser revista.

De acordo com PERRENOUD e THURLER, 2002, os professores precisarão não apenas pôr em questão e reinventar práticas pedagógicas, como também reinventar suas relações profissionais com os colegas e a organização do trabalho no interior de sua escola. A introdução de novos objetivos de aprendizagem e de novas metodologias de ensino não lhes permitirá mais organizar seu ensino em torno de uma sucessão rígida de lições e fichas de trabalho, e sim os obrigará a inventar permanentemente arranjos didáticos e situações de aprendizagem que respondam melhor a heterogeneidade de necessidades de seus alunos.

4-Aprendendo e Ensinando

O trabalho pode ser apresentado e utilizado a todos os professores, do Ensino Fundamental à Universidade, que poderão fazer bom uso do material, incluindo as atividades e criando novas para atingir os objetivos do seu plano de trabalho. Destacamos algumas das estratégias interessantes como distribuir cada uma das dez histórias a um grupo de alunos para leitura e discussão dos fatos apresentados; construir um painel com recortes e frases significativas extraídas de cada história; recolher opiniões de pessoas dos diversos segmentos da sociedade, que reflita o modo como cada um analisa, avalia e aprende o que resulta de cada lição; discutir com as equipes envolvidas no trabalho de sala de aula sobre... O que aprendi com essa história?... E com os que foram derrotados, o que aprendi? ... O que representou nesta história (vale para cada uma das dez...) cada gol? Cada cesta? Cada vitória? Cada derrota?; Extrair de cada história uma reflexão possível de ser feita com colegas, crianças, jovens, familiares, educadores, pais, outros esportistas; criar slogans ou frases significativas sobre os diferentes esportes discutidos durante o trabalho, como forma de sensibilizar uma prática esportiva saudável para que de fato se cumpra a afirmação: Educação do corpo e da mente. Através de Dez Histórias Pedagógicas também foram desenvolvidas diversas atividades práticas para serem aplicadas em todas as disciplinas e também vários trabalhos educativos para serem aplicados em turmas de iniciação esportiva e equipes de competição: Jogo da Memória, Dinâmicas, Trilha Dez Histórias, Jogos Recreativos Futsal, O início de um trabalho educativo I, II e III, Jogo de Perguntas e Respostas, Frases Marcantes, Reflexão e Motivação, Sua História Pedagógica. Justifico abaixo de forma resumida a importância dos valores educativos aplicados no esporte, citando trechos e comentando cada uma das Dez Histórias Pedagógicas. Nesse projeto cada história foi organizada com dois parágrafos, sendo que o primeiro é o relato retirado de fontes da mídia e o segundo é uma análise do autor do trabalho.

1950 - BRASIL X URUGUAI

Após um obscuro intervalo de 12 anos (1938 - 1950) por causa da 2ª Guerra Mundial, a bola volta a rolar. O Brasil foi o único país a se candidatar para a realização do mundial de 50. Em conseqüência da 2ª Guerra, os países europeus não quiseram sediar o quarto mundial. Assim sendo, como único candidato, o Brasil ganhou o direito de sediar. Constrói então o maior templo do futebol mundial, o estádio do Maracanã. O Brasil era o grande favorito, e esperava inaugurar o Maracanã erguendo a taça pela primeira vez. Na primeira fase o Brasil goleou o México (4x0), empatou com a Suíça (2x2) e venceu a Iugoslávia (2x0). O Uruguai venceu a Bolívia por 8x0. Os Franceses que seriam a outra equipe do grupo desistiram em cima da hora. Na fase final o Brasil venceu a Suécia por 7x1 e a Espanha por 6x1, enquanto o Uruguai apenas empatou com a Espanha (2x2) e venceu com muitas dificuldades a Suécia (3x2). No jogo decisivo o Brasil precisava apenas empatar diante das 200 mil pessoas no estádio. Fez o primeiro gol logo no inicio do segundo com Friaça. O Uruguai empatou aos 20 minutos com Schiaffino e aos 33 Ghiggia fez o que nenhum brasileiro acreditava; o gol do título.

URUGUAI - BICAMPEÃO MUNDIAL (1930/50)

A história que mudou a história

Muitos estudiosos do futebol afirmam que se houvesse Copa durante o período da segunda guerra, Uruguaios e Argentinos seriam até hoje considerados os melhores do mundo. A verdade é que quando entram em campo eles se consideram os melhores, assim como para os Italianos, a Itália é a melhor, para os Ingleses, a Inglaterra, para os alemães, a Alemanha... E para os Brasileiros? Quem é melhor no futebol? Aquele jogo mostrou ao mundo que é possível se tornar um vencedor mesmo depois de uma derrota humilhante. A História recente dos dois países no futebol também mostrava que não seria surpresa uma vitória do Uruguai, campeão olímpico (1924-28) e campeão mundial (1930). Por outro lado o Brasil havia conseguido apenas um terceiro lugar no mundial de 1938. Então por quê todos tinham certeza que o Brasil seria campeão? Quase todos! A emoção também faz parte do futebol e mesmo reconhecendo o favoritismo do Brasil, os jogadores do Uruguai entraram em campo pra ganhar o jogo. E ganharam!

Fonte: http://fifaworldcup.yahoo.com/06/pt/p/pwc/ph/1950.html?i=7&d=1

2000 - SUBMARINO KURSK

O Submarino nuclear russo Kursk encalhou no fundo do mar de Barents com 118 marinheiros a bordo. A embarcação de 154 metros fazia manobras de rotina perto da Noruega quando sofreu o acidente. Sábado, 12 de agosto, a marinha russa perdeu o contato por rádio com a tripulação. Começava a tragédia. Uma explosão obrigou o desligamento do reator atômico que propulsionava o Kursk, que em pouco tempo repousou no leito do oceano. O drama comove o mundo. Mergulhadores noruegueses chegaram na segunda feira ao local do acidente. Mas o Kursk estava inundado e sem nenhum sinal de sobrevivente.

A vida em segundo plano!

Pense no drama dessas pessoas e da forma como tudo foi resolvido. Colocaram interesses econômicos e políticos na frente da vida. E quando perceberam já era tarde. O Governo da Rússia, que passava por uma grave crise econômica, que se estende até os dias de hoje, não aceitou ajuda internacional imediata para resgatar os marinheiros que estavam dentro do submarino. Os motivos não foram explicados e várias hipóteses foram levantadas, inclusive a de que haveria segredos militares a bordo, que poderiam ser revelados ao mundo. O presidente russo Vladimir Putin foi duramente criticado pelo episódio e acusado pelo povo de colocar interesses políticos à frente da vida dos marinheiros. No esporte também existem outros interesses que nem sempre vão de encontro aos seus valores originais e acabam prejudicando quase sempre os atletas que deveriam ser os maiores beneficiados e acabam sendo tratados com descaso e usados como isca para obtenção de objetivos políticos e comerciais. O que importa é o dinheiro.

1982 - BRASIL X ITÁLIA

Brasil e França, o futebol-arte e o futebol-técnico... Pela primeira vez, participaram 24 seleções. 107 países inscritos para disputar as eliminatórias. A grande surpresa da América do sul, fica por conta do Uruguai, que é eliminado pelo Peru. Pela Europa, a Holanda, presente nas finais de 74 e 78 também não conseguiu o passaporte para o mundial de 1982. A Seleção Brasileira joga um futebol dos sonhos, mas não consegue conquistar o título. Na segunda fase é eliminada pela Itália, que fez campanha medíocre na primeira etapa, empatando os três jogos . Paolo Rossi foi o carrasco brasileiro, no jogo que ficou conhecido no Brasil como a "tragédia do Sarriá". A Itália vence por 3x2 com três gols de Paolo Rossi. Outra vez os brasileiros só precisavam do empate; e perderam o jogo. A Itália leva a taça depois de uma copa conturbada: más atuações e briga com a imprensa na primeira fase, e os gols geniais do artilheiro da Copa, Paolo Rossi, nas finais. "A melhor Seleção Brasileira depois da era Pelé dá show, mas pára na Itália de Paolo Rossi."

ITÁLIA - TRI-CAMPEÃ MUNDIAL (34/38/82)

SOZINHO NINGUÉM FICA!!!

Qual a principal função de um atacante? Marcar gols. E quando esse atacante já foi artilheiro por todas as equipes por onde passou? Aumentam as chances de marcar gols. E quem seria o jogador da Itália com maiores chances de marcar gols naquele jogo. Exatamente quem marcou os três gols: Paolo Rossi. As experiências de vida de cada pessoa podem revelar os caminhos que elas vão seguir e Paolo Rossi tinha todas as condições pra ser a grande estrela da Copa; como realmente foi. Paolo Rossi foi artilheiro da Itália na Copa de 78 e em 80 foi suspenso por quase dois anos. A suspensão terminou um mês antes da Copa e segundo ele mesmo, nesse período apenas uma pessoa o apoiou: sua namorada. Talvez por isso os brasileiros se esqueceram dele e ao contrário da namorada o deixaram sozinho em campo.

Fonte: http://fifaworldcup.yahoo.com/06/pt/p/pwc/ph/1982.html?i=6&d=1

1988 - GP DO JAPÃO DE F1

A corrida de Ayrton Senna no GP do Japão, além de tida como a mais brilhantes de sua carreira, é considerada como uma das mais espetaculares da história da Fórmula 1. Valia o título mundial, que ele pensou estar perdido na largada. Partiu na pole position mas teve problemas com a embreagem do McLaren, caindo para um desalentador 16º lugar. Quando o motor funcionou Ayrton Senna partiu tão determinado para a recuperação que já na primeira volta ultrapassou seis carros e partiu no encalço de Alain Prost, um líder com pinta de campeão. Na 24ª das 51 voltas, aconteceu o inacreditável. Ayrton chegou voando em Alain Prost para consumar sua 15ª ultrapassagem espetacular. Uma vitória imortal do novo campeão mundial, digna de uma tela.

AYRTON SENNA - CAMPEÃO MUNDIAL DE F1

OS ÚLTIMOS SERÃO OS PRIMEIROS

Pedagogicamente falando a F1 é um exemplo para os outros esportes de competição. Oito pilotos melhores colocados nas corridas marcam valiosos pontos. A volta mais rápida, o piloto que lidera por mais tempo, o pole-position e as equipes de acordo com a classificação através do Mundial de Construtores e até as voltas completadas em cada corrida também recebem prêmios e são valorizadas. Com tantos investimentos e alta tecnologia ainda é possível vencer mesmo largando nas ultimas posições. Naquela corrida, em 1988, Ayrton Senna provou isso. Tudo bem que ele pode ser considerado um herói, um mito do esporte. Mas não é sobre ele que estamos falando e sim sobre a corrida. Quem largou em último, apesar de todas as circunstancias também queria vencer. Quem chegou em segundo seria o campeão no ano seguinte. O próprio Senna voltaria a vencer e conquistar outros títulos. Isso nos mostra que até os grandes campeões também vivem momentos difíceis e sofrem muitas derrotas antes de alcançarem suas glórias.

1994 - BRASIL X ITÁLIA

Dois tricampeões do planeta tinham encontro marcado em Los Angeles. De um lado, a Itália, campeã em 34, 38 e 82. Do outro, estava o Brasil, vencedor em 58, 62 e 70. A Azurra estava animada, mas com os pulmões e as pernas arrasadas pelo esforço desprendido para engrenar na competição. O Brasil estava menos desgastado, com o fôlego em dia. Os italianos tinham o retorno do capitão Franco Baresi, que se contundira na primeira rodada, passara por uma cirurgia no joelho e voltava para a despedida. A dedicação do veterano líbero do Milan foi recompensada, durante o tempo normal e a prorrogação, com uma atuação impecável, em que anulou quase todos movimentos de Romário. O Brasil não ficou atrás e também provou que seus craques haviam decorado exemplarmente as lições de Parreira. Como num calculado jogo de xadrez, os dois times moviam-se com cautela, sem ousar. Ainda assim, criavam chances de gol. A trave salvou Pagliuca de um vexame e as pernas bambas de Baggio deixaram intacto o gol defendido por Taffarel. Com o teimoso e persistente 0 a 0 ao longo de 120 minutos, coube ao árbitro húngaro Sandor Puhl dirigir a primeira decisão de título mundial sem gols, nos pênaltis. Baresi quis dar novamente exemplo de coragem e bateu o primeiro. Errou e chorou. O zagueiro Márcio Santos também cobrou mal, dando chance de defesa a Pagliuca. Na seqüência, Albertini cobrou quase no ângulo direito de Taffarel e acertou, depois Romário acertou batendo na trave direita de Pagliuca e passou por dentro da rede por trás de todo gol. Na seqüência Evani chutou no meio do gol sem chances para Taffarel e Branco chutou de canhota no canto esquerdo de Pagliuca, que também não teve chance para pegar. Na quarta seqüência Massaro chutou mal e Taffarel defendeu. Dunga colocou o Brasil na frente chutando no lado esquerdo de Pagliuca. Cabia a Roberto Baggio manter vivo o sonho italiano e rezar para Bebeto se dar mal na última cobrança. Mas o cansaço prevaleceu e a bola perdeu-se por cima do gol.

“No momento em que fui cobrar o pênalti, a concentração era tanta que não ouvia nem enxergava nada além do gol e do goleiro a minha frente. Porém quando chutei pra fora, parecia que todo estádio havia desmoronado em minha cabeça”.

Franco Baresi – Zagueiro da Itália nas Copas de 82,90 e 94.

Fonte: http://fifaworldcup.yahoo.com/06/pt/p/pwc/ph/1994.html?i=10&d=1

1987 - BRASIL X EUA

O time de basquete masculino dos Estados Unidos nunca tinha perdido uma partida dentro de casa. No Pan-Americano, estavam invictos fazia 34 jogos. Eles disputavam a medalha de ouro de 1987 contra o Brasil, em Indianápolis, e venciam por uma diferença de quatorze pontos no final do primeiro tempo. Certos da vitória, os americanos passaram pelos brasileiros carregando garrafas de champanhe para comemorar. No segundo tempo, porém, os 16.292 torcedores presentes ao Market Square Arena e os jogadores dos Estados Unidos assistiram à mais impressionante e inimaginável recuperação da história do basquete. O Brasil venceu por 120 a 115, numa partida que sagrou a dupla Marcel (31 pontos) e Oscar (46 pontos). Oscar acabou cestinha do torneio com 246 pontos. Durante a comemoração, ele arrancou a rede de uma das cestas e colocou-a ao redor do pescoço. Depois dos jogo, o roupeiro da Seleção Brasileira invadiu sorrateiramente o vestiário americano e roubou a caixa de champanhe, devidamente enxugada pela equipe verde-amarela.

BRASIL - MEDALHA DE OURO NOS JOGOS PAN-AMERICANOS DE INDIANÁPOLIS

O fato de nunca ter vencido determinado adversário não significa que na próxima vez em que se encontrarem você vai ser derrotado outra vez e vice-versa. Atletas vencedores possuem essa consciência e sabem da importância do passado no esporte, porém sabem também que a história pode ser mudada e isso só depende deles. Seja nos campos, nas quadras, nas pistas, é preciso ter espírito de vencedor e acreditar sempre, independente do resultado.

2000 - BRASIL X ESPANHA

"Fortalecimos la autoestima de los jugadores y estudiamos muy bien a Brasil, pero sobre todo nos convencimos que la inteligencia esta para saber utilizarla... Es una cuestión de trabajo y confianza”.

Javier Lozano - Técnico da Espanha (Fonte:www.futsalbrasil.com.br)

A Espanha surpreende a todos e vence o Brasil por 4x3 na decisão do Mundial de Futsal da Guatemala.

ESPANHA - CAMPEÃ MUNDIAL DE FUTSAL (2000)

Auto-estima, estudo, inteligência, trabalho e confiança foram os ingredientes utilizados pela Espanha para vencer o Brasil na decisão do Mundial de Futsal na Guatemala em 2000. O motivo da surpresa foi apenas por que o Brasil era simplesmente penta-campeão mundial e o último título foi justamente contra a Espanha, na casa do adversário em 1996. O Brasil parou no tempo, se acomodou e achou que ganharia fácil. Uma analise de dados estatísticos do jogo mostrou que a Espanha fez por merecer descobrindo e aproveitando-se dos pontos frágeis do Brasil que por outro lado, contou apenas com o talento individual dos atletas, pouco para conseguir um titulo mundial. Pra confirmar que eram os melhores do mundo, os Espanhóis venceram o Brasil por mais duas vezes após o Mundial.

2001 - CORINTHIANS X SANTOS

O jogo valia uma vaga na decisão do campeonato paulista, que o Santos não conquista desde de 1984. No primeiro tempo o Santos , que jogava pelo empate ganhava por 1x0.Veio a segunda etapa e o Corinthians parece uma equipe tranqüila e despreocupada com o jogo. Logo consegue o empate. Aos 47 minutos, quando a torcida do Santos já comemorava, o meia Ricardinho, que usava um ponto eletrônico para receber as instruções do então técnico Wanderlei Luxemburgo, faz o gol da vitória corinthiana. Nos dois jogos seguintes a equipe conquistaria o título.

CORINTHIANS - CAMPEÃO PAULISTA DE 2001

Após o jogo eram muitas as justificativas para a virada Corinthiana: foi culpa do zagueiro santista, que permitiu uma arrancada e um drible do atacante do Corinthians; foi culpa do técnico que substituiu errado; prevaleceu a raça do Corinthians; o apoio da torcida foi fundamental; e tudo com o aval da imprensa esportiva. Os jogadores do Santos foram crucificados por levarem um gol no último minuto da partida e os do Corinthians tratados como verdadeiros heróis. Parecia que para o Corinthians valia marcar no ultimo minuto e para o Santos era inadmissível sofrer. Sobre o ponto eletrônico, também assunto polêmico e até proibido em seguida, dá pra destacar a eterna comparação entre leigos e profissionais, afinal ele pode ter influenciado no resultado mais do que as justificativas citadas acima.

11 DE SETEMBRO DE 2001 - EUA

08h45 - Um Boeing 767-200 da United Airlines que decolou de Boston às 7h59 para o vôo 175, rumo a Los Angeles com 65 passageiros e nove tripulantes, é desviado e se choca com a torre sul do World Trade Center, em Nova York. 09h03 - Um segundo Boeing 767-200, da American Airlines, que partiu de Boston às 8h10 para o vôo 11, rumo a Los Angeles com 92 pessoas a bordo, atinge a torre norte do World Trade Center, diante das câmeras de TV.09h40 - Em Washington, um outro jato da American Airlines (um Boeing 757) choca-se com instalações do Pentágono, nas proximidades da área de pouso de helicópteros. Faria o vôo 77, do Aeroporto de Dulles a San Francisco, com 58 passageiros e 11 tripulantes. Parte de um dos edifícios do Pentágono ficou muito danificada. Em seguida, as autoridades determinam a evacuação da Casa Branca, Capitólio e Departamento de Estado.10h05 - A torre sul do World Trade Center desaba.10h10 - Cai em Somerset County, Estado da Pennsylvania, um Boeing 757 da United Airlines com 38 passageiros, dois pilotos e cinco comissários de bordo. Era o vôo 93, que partiu de Newark às 10h01 em direção a San Francisco. Um passageiro conseguiu fazer uma ligação para Centro de Emergência de Westmoreland: "Fomos seqüestrados, fomos seqüestrados! Isso não é um trote!", disse ele. As causas da queda não foram esclarecidas. O Boeing pode ter sido derrubado pelos próprios seqüestradores, mas a Força Aérea tinha ordens para abater aviões seqüestrados10h11 - Desaba parte do prédio do Pentágono atingido pelo avião. 10h13 - A cúpula das Nações Unidas determina a evacuação de suas instalações em Nova York. No total, 11,7 mil pessoas trabalham no edifício-sede, Unicef e na unidade de programas de desenvolvimento.10h30 - A torre norte do WTC desaba e provoca uma enorme nuvem de poeira e fumaça sobre Manhattan. 10h35 - Em Washington, um carro-bomba explode perto do Departamento de Estado.10h36 - O governo determina que prédios públicos federais sejam evacuados em Nova York, Washington e Chicago.15h55 - O prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, divulga o primeiro número de feridos na cidade: 2.100, dos quais pelo menos 200 em estado crítico. Nada foi dito sobre o número de mortos. 16h10 - Incêndio no Anexo 7 do World Trade Center, com 47 andares, onde funcionava a Salomon Brothers. O prédio foi afetado pelo desabamento das duas torres.17h20 - Cai o Anexo 7, o terceiro prédio do WTC afetado pelos ataques terroristas.

O atentado ocorrido em 11 de Setembro de 2001 abalou todos os países do mundo. As conseqüências sentidas imediatamente pelos americanos podem ter reflexos ao longo de muitos anos para população mundial. Os técnicos, professores, atletas e toda comunidade esportiva precisam ter consciência desse fato. Essa história também pode mostrar que nem sempre uma derrota no esporte é uma catástrofe, como muitos imaginam. Existem tragédias com conseqüências terríveis para a humanidade. Levar um gol aos 47 minutos do segundo está bem longe de ser a pior coisa do mundo.

2002 - RONALDO

Ronaldo já possui uma série de títulos e prêmios individuais que poucos jogadores podem se orgulhar na história do futebol. A sua boa atuação no São Cristóvão e no Cruzeiro o levou muito jovem para a Europa. Na Holanda, no PSV Eindhoven, se consagrou logo em artilheiro. Na Espanha, chegou a fazer 34 gols em 37 jogos. O ano da sua estréia na Inter, marcou 25 gols e foi eleito o melhor estrangeiro e melhor jogador da Série A. No ano da sua volta aos campos, o Fenômeno mostrou logo o seu valor: foi artilheiro da Copa do Mundo de 2002. Ronaldo foi eleito também por dois anos consecutivos como Fifa World Player, em 1996 e 1997, além de ter recebido o prêmio Bola de Ouro em 1997 e Bola de Prata em 1996. E ainda foi eleito o melhor jogador da Copa do Mundo de 1998 na França. Ronaldo é sempre um Fenômeno!

Pense em tudo que você fez nos últimos quatro anos. Quatro anos é um tempo razoável pra acontecer mudanças em sua vida. Sua vida melhorou? Viajou muito? Conheceu pessoas? Fez novas amizades? Passou bons e maus momentos? Em quatro algo tem que acontecer na vida de uma pessoa. E na vida de Ronaldo aconteceu muita coisa. A capacidade de solucionar os problemas ao longo da vida vai depender muito da forma como as pessoas foram preparadas e educadas. No caso de Ronaldo ele provou ser um vencedor e com a educação que recebeu aliada ao seu talento conseguiu superar todos os problemas sendo reconhecido como um vencedor após conquistar novamente (já havia sido em 94) o titulo de campeão mundial com o Brasil em 2002. Será que todo seu esforço seria reconhecido se o Brasil não fosse o Campeão???

Fonte: http://fifaworldcup.yahoo.com/06/pt/p/pwc/ph/2002.html?i=11&d=1

Referências bibliográficas

PORTAL FIFA, http://www.fifa.com

PORTAL FUTSAL BRASIL, http://www.futsalbrasil.com.br

PORTAL GLOBO, http://www.globo.com

PORTAL GAZETA ESPORTIVA, http://www.gazetaesportiva.net

SILVA, J. B. Educação física, esporte, lazer: aprender a aprender fazendo. Londrina: Lido, 1995.

126 p.

DE MARCO (ORG), A. Pensando a educação motora. Campinas: Papirus, 1995 – Coleção corpo e

Motricidade. 172 p.

PERRENOUD, P. Pedagogia diferenciada: das intenções à ação. Porto Alegre: Artes Médicas Sul,

2000. 183 p.

PERRENOUD, P. A pedagogia na escola das diferenças: fragmentos de uma sociologia do

fracasso. Porto Alegre. Artmed Editora, 2002. 213 p.